Administradora, pedagoga e teóloga, mas conhecida como Mãe Jacira de Yansã, ficou viúva aos 30 anos e criou sozinha seus 14 filhos(3 biológicos e 11 afetivos). Sua história de vida foi escrita no solo firme Terreiro Oyá Padê de Romeia, onde foi realizada sua feitura, pelas mãos de Mãe de Santo Alice Maria da Cruz, esposa do mestre Bimba.
Sacerdotisa do terreiro Ilê Axé Iba Lugan, fundado em 1987, localizado em Paripe em Salvador, Bahia, prima na sua trajetória de vida, a justiça social e a luta pelos direitos humanos,atuante até os dias de hoje, participa de diversos grupos que promovem o combate ao racismo religioso e a luta pela vida e protagonismo das mulheres negras.
“Precisamos estar na defesa religiosa e étnica de nosso povo, reconhecendo a importância da legalização dos Terreiros, além de defender a criação de uma faculdade onde se estudem as religiões de matrizes africanas”, completa.
Durante seus anos atuante no movimento sociais, Mãe Jacira recebeu diversas homenagens por seu empenho na promoção da equidade racial e na sua atuação nas comunidades de matriz africana, entre elas, o prêmio Benedita da Silva concedido pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, e a Medalha Zumbi dos Palmares, concedida pela Câmara de Vereadores.